A descoberta aconteceu em um campo antigo, conhecido na região por ter sido rota de passagem no período colonial. Usando um detector de metais FG90 de longa distância, o operador começou a varredura ainda pela manhã, quando um sinal firme e bem definido surgiu à frente, indicando um alvo metálico antigo.
Seguindo a direção apontada pelo FG90, o ponto foi se fechando até chegar a uma pequena elevação do terreno, próxima ao que restava de um antigo caminho de tropas. Ao cavar com cuidado, a poucos centímetros de profundidade, surgiu uma peça circular escurecida pelo tempo, coberta por terra e oxidação.
Após a limpeza inicial, revelou-se uma medalha ou moeda antiga, bastante desgastada, com uma pequena argola superior — sinal claro de que foi usada como pingente. No centro, ainda era possível distinguir um escudo heráldico coroado, ladeado por ramos, símbolos clássicos de honra, mérito e ligação com a monarquia.
Pelo estilo do brasão e pela oxidação do metal, tudo indica uma origem europeia, possivelmente portuguesa ou espanhola, datando entre os séculos XVIII e XIX. A peça pode ter sido uma medalha comemorativa, um objeto honorífico ou até mesmo uma moeda adaptada para uso pessoal, carregada junto ao corpo como símbolo de fé, status ou lembrança.
Graças à precisão do FG90, essa relíquia voltou à superfície depois de séculos enterrada, trazendo consigo um fragmento silencioso da história — marcado pelo tempo, mas ainda carregado de significado e mistério.
