A descoberta aconteceu em uma área de serra, conhecida por antigas histórias de garimpo e mineração artesanal. Utilizando um detector de metais FG80 de longa distância, o operador iniciou a varredura buscando sinais profundos e contínuos, característicos de mineralizações naturais.

O FG80 começou a indicar um sinal amplo e persistente, diferente de objetos isolados. Seguindo a direção apontada pelo equipamento, o ponto se fechou em um afloramento rochoso parcialmente exposto, onde o solo era raso e o quartzo aparecia à superfície.

Ao remover algumas pedras soltas, surgiu uma rocha quartzosa atravessada por veios metálicos dourados, brilhando à luz do sol. As finas faixas irregulares contrastavam com o quartzo esbranquiçado, revelando um padrão típico de veios hidrotermais, formados quando fluidos ricos em minerais preencheram fraturas da rocha ao longo de milhares de anos.

A aparência do metal indicava forte possibilidade de ouro nativo, embora a semelhança visual com sulfetos como a pirita exigisse análise técnica para confirmação. Ainda assim, o conjunto chamava atenção pelo brilho intenso e pela continuidade dos veios, um sinal clássico de mineralização aurífera.

Graças à sensibilidade direcional do FG80, aquela rocha deixou de ser apenas parte da paisagem e passou a representar um possível indício de riqueza geológica. Um achado que não fala apenas de valor material, mas da própria história mineral da Terra, escrita em veios dourados dentro do quartzo.